terça-feira, 14 de julho de 2009

Aplicação de Pedra em revestimento de parede interior - Lioz

A parede exterior em que foi aplicado Lioz para revestimento da fachada continua no interior da casa. Esta parede separa dois ambientes internos, a zona pública (Salas, Cozinha e WC) da zona privada (Quartos e afins)
Como tal, sempre pretendemos dar uma ideia de continuidade entre a parede exterior e a parede interna...
Assim, quando escolhemos o Lioz para revestimento exterior, adicionámos mais alguma metros (muitos!!) para o interior. Tivemos uma especial atenção a escolher as melhores pedras para o interior!


O corte da pedra manteve-se inalterado, bem como a alheta na horizontal.


O acabamento é que foi diferente, para o interior optámos pelo polido...

Após descarregar todas as pedras (ufff) procedemos à montagem do "painel" no chão da sala.

Isto permitiu-nos escolher as pedras com algum defeito para as zonas de cortes (escada), bem como garantir que os diferentes tons do Lioz estavam misturados.
Visto termos Lioz de diferentes pedras obtivémos pedras com diferentes tons. Ao misturar os tons, conseguimos disfarçar mais as cores e diminuir a sensação de "manchas"...

O resultado foi a sala cheia de pedras e o trabalho dos ladrilhadores muito facilitado. Apenas tinham que pegar nas pedras e aplicar pela ordem que colocámos no chão...

Revestimentos interiores de Cozinha e WCs

Penso que seja semelhante com todas as pessoas que construem a sua própria casa, que quando se aproxima a fase dos revestimentos interiores visite dezenas de lojas, veja centenas de catálogos e esgote a paciência...



É que a quantidade de materiais para revestimentos de paredes é imensa, com muita diversidade e com todos os formatos possíveis e imaginários. Mesmo quando se tenta optar por uma determinada cor ou tom, existem demasiadas alternativas de marcas e modelos, enfim...


Estas são apenas algumas das dezenas de fotografias que tirámos a expositores de azulejos...


No final as escolhas cairam sobre materiais de 3 marcas, Revigrés, Recer e Colorker. Os tons vão desde os brancos, aos pretos, passando pelos verdes e castanhos... :)


Após a entrega na obra a tendência é ir logo abrir uma caixa para ver melhor :)


Para a cozinha:




Para um WC:

Para o outro WC:
E para o outro WC:

Pavimento da Varanda - Mármore Estremoz Branco


Para as varandas optámos por colocar no pavimento mármore estremoz branco. Fomos "às compras" e calhou-nos o bloco abaixo, que ainda estava para cortar.

Uns dias após a escolha do bloco, já nos tinham entregue o mármore em forma de mosaico, devidadamente acabado. :)


As primeiras impressões são muito boas, parece ser uma pedra muito certinha e branca... vamos lá ver quando se espalhar pelo chão para escolher...

Aplicação da Pedra de revestimento da fachada - Lioz

Eis a primeira impressão da pedra de revestimento, Lioz :)


Uma vez as pedras cortadas, dado o acabamento, é altura de se iniciar a colocação das mesmas na parede. Começámos pelo exterior, onde aplicámos Lioz no revestimento de uma fachada que divide a casa.
É uma parede que separa toda a área privada da área pública dentro de casa. Esta parede, que se vê por fora...


continua pelo interior!


Existem alguns pormenores de acabamentos que gostaríamos de partilhar.
Em primeiro lugar, foi feito um rasgo em todas as pedras, num dos lados com maior comprimento. O efeito desse rasgo, designado de alheta, é uma continuidade da pedra, como se fosse apenas pedras muito grandes dispostas umas sobre as outras:


Nas zonas do telhado, mantivemos a alheta na horizontal, para desespero dos ladrilhadores, que tiveram que andar a puxar pela cabeça para aproveitar pedra e decidir como haviam de fazer os cortes!



Quanto ao acabamento, para o exterior optámos pelo Escovado. É um acabamento muito pouco explorado pelos construtores e arquitectos, contudo o resultado final é espectacular. A pedra fica lisa, como se fosse polida, as cores ficam mais uniformes e fica com uma rugosidade tipo folha de papel. Isto porque em pedras que tenham vários veios, como é o caso do Lioz, o escovar vai "desbastar" as zonas em que o veio é mais mole. Parece pedra velha, mas com acabamento moderno e ligeiramente brilhante... :)


Pormenor do tipo de trabalho para os "topos" da parede:

O rugoso da imagem acima, são os veios da pedra que são mais moles e que sofreram maior erosão por parte do acabamento escovado!














Escavação Concluída

Os trabalhos da escavação terminaram! Finalmente! A escavação deixou várias coisas a descoberto.

Uma das coisas que tínhamos a certea de econtrar, era o lajão de pedra que tivemos que partir na zona da garagem. Aqui, ficou numa zona onde a casa faz um recanto:

Até parece que foi coincidência :) Este monte que se vê na foto abaixo é pedra. Resta agora integrar no ambiente do restante quintal...


Na parte de entrada não apanhámos nenhum pedaço de pedra complicado :)

Ficou totalmente na horizontal, dando uns 7 metros de espaço em frente à porta de entrada!! :)


Agora, vem a parte pior! Fazer o muro e a rampa de acesso à Garagem!!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pedra de revestimento da fachada - Lioz

Desde que iniciámos a nossa construção, que andávamos indecisos com qual a pedra a aplicar no revestimento de uma fachada da nossa casa.

A primeira opção, aquando da elaboração do projecto em 2007, era o Xisto. Tínhamos visto algumas casas com aplicações de xisto em algumas fachadas decorativas e gostávamos. Dáva um tom moderno à casa, ficando branca e com algumas partes mais escuras.

Entretanto, numa das feiras de materiais de construção a FIL, tivemos contacto com o material de revestimento de uma empresa que é a EcoPiedra. Ele fabricam umas lajes de um compósito qualquer a imitar várias padrões de pedra e um dos modelos, o Laja Marron Tierra era muito parecido com xisto.

O material é composto por "azulejos", o que tem custos de mão de obra muito inferiores ao xisto natural.

Vimos igualmente umas casas que uns amigos conhecidos estão a construir em http://www.village-malveira.com/ e que usa esta pedra. Embora muito interessante visualmente, a minha opinão é que vai passar de moda...

Mas entretanto a conversa com um colega mais velho e mais batido nestas coisas, ele abriu-nos os horizontes...

Segundo ele, ficaríamos mais bem servidos com Lioz. Até calhava bem, porque já tínhamos sido obrigados a corrigir a memória descritiva do projecto, porque não queriam aceitar o xisto, além de estarmos situados num "núcleo histórico" (ainda não descobrimos onde...), deveríamos optar por um pedra da região...

Tínhamos alguns exemplares de casas com Lioz aqui perto e sabíamos que seria díficil arranjar uma boa pedra a um bom preço.

O Lioz é um calcário que ainda é encontrado com facilidade aqui na zona... Segundo o Ornabase, o Lioz tem o seguinte enquadramento geológico:

As camadas exploradas fazem parte de formações bioconstruídas e bioclásticas provavelmente afectadas por metamorfismo regional provocado pela intrusão do maciço sub-vulcânico de Sintra e pelas formações basálticas e intrusões a elas associadas do Complexo Basáltico de Lisboa.

Além de ser uma pedra da região, sabemos que a sua exploração está a ficar muito limitada. Os bons filãos estão a sair a grandes profundidades o que aumenta consideravelmente o preço da pedra. Nos próximos anos, será uma pedra a sair com menor intensidade, tornando-se mais rara nas obras e encarecendo o seu valor.

Após várias visitas a pedreiras e estaleiros, conseguimos encontrar umas chapas que aparentavam ter boa qualidade.


Eram chapas provenientes de 2 blocos diferentes. Um dos conjuntos tinha uns tons mais rosados (aproximação do Lioz St. Floriant).


Enquanto as outras eram mais brancas, pertinho do Lioz de melhor qualidade ;)


Um bom truque para perceber a cor das pedras nesta fase, é molhando, para disfarçar as riscadelas da serragem e o pó que tenham....




Entretanto já tínhamos retirado algumas medidas no interior e no exterior da casa, para podermos cortar a pedra à medida mais aproximada. Pretendíamos evitar os desperdícios e cortar mosaicos de pedra que completassem umas das paredes. A medida final foi 55 cms por 29,5 cms de altura :)

Após alguns cortes ficámos com este material para seleccionar :)


Teríamos agora que ver cada pedra destes montes e escolher quais seriam parao interior e para o exterior.


O acabamento final será diferente. As pedras do interior serão polidas, enquanto as pedras do exterior terão o acabamento escovado.

Depois de uma tarde a virar pedras, já tínhamos uma palete pronta para escovar:


E outra para polir:



Entretanto experimentámos polir uma pedra de cada chapa, uma das mais brancas e outra da mais rosa:


O resultado final prometia :)

Além dos acabamentos escovado e polido, fizemos uma pequena alheta em todas as pedras, de forma a criar umas linhas decorativas:


Um pequeno pormenor para dar um ar mais moderno à aplicação final. Faziam-se uns ensaios para prever o resultado final:



Como a quantidade de chapas é muito à conta para as nossas necessidades, guardámos todos os restos, que podem vir a ser precisos para alguns cortes...

Isolamento da Cobertura

A cobertura da nossa casa tem duas áreas distintas, uma não habitada e outra propicia a ser habitada. :)

A zona não habitada coincide com toda a área privada da casa, entenda-se escritório e quartos. O isolamento nesta zona foi efectuado com poliuretano projectado.


É uma zona com acessibilidade muito reduzida, não andará ninguém por cima nem levará betomilhas.

O isolamento das lajes dos tectos é uma parte fundamental para a melhoria do comportamento térmico de uma casa. Durante o projecto, tínhamos analisado a possibilidade de colocar XPS de 3cms nesta área. Porém, após alguns testes e relatos de experiências, acabámos por optar pelo poliuretano projectado.


O poliuretano projecto tem uma vantagem de aplicação relativamente às placas de XPS. Pelo facto de ser projectado, consegue-se "tapar" todos os buracos e recantos. As experiências que ouvimos com o XPS é que além de ser um trabalho moroso e com muita mão de obra, é que não se consegue obter uma laje inteiramente coberta, ficando sempre um ou outro pedaço com umas aberturas.


Contudo, também ouvimos alguns comentários acerca da eficácia do poliuretano, que ao fim de uns anos poderá perder as propriedades de isolamento que têm. Até lá, iremos ver como se comporta.

Após a aplicação e a secagem, foi feita uma medição com um pequeno prego, a fim de validar se tinham sido respeitados os 3 cms de poliuretano projecto que tínhamos pedido... ;)


Na zona onde poderemos vir a utilizar o sótão, o isolamento foi colocar sobre a telha. Nesta fase foi colocado folha de alumínio com bolhas de ar.

Consiste em colocar sobre toda a área de telhas umas folhas de alumínio, que são depois juntas através de uma fita plástica de alumínio.

Este isolamento surpreendeu-nos pela positiva. A temperatura nesta zona do sótão encontra-se mais estável, nunca aquece significativamente nos dias de calor nem fica demasiado frio. Quando comparada com a cobertura do lado, onde não tem nada debaixo da telha, a diferença é evidente. No outro lado, a temperatura sobe imenso e o ar frio entra por todo o lado.
Quando viermos a usar o sótão, iremos revestir o mesmo com pladur e por cima do pladur deverá levar lã de rocha ou lã de vidro...
Até lá, fica fechado :)


Se quiserem saber mais sobre este tipo de material de isolamento, podem consultar aqui:

http://www.spacereflex.pt/upload/pdfs/Fichas%20Tecnicas%20PT/FT%20-%20SR41%20-%20PT.pdf